sábado, 20 de dezembro de 2014

Os 5 Estágios da Morte

      O EGO cria mecanismos de "defesa" para continuar no controle, e quando você começa a contrariá-lo (ou tentar colocar ele no seu devido lugar), ele passa por 5 estágios, conhecidos também como "Os 5 estágios da morte". Entenda essa "morte" como a descoberta de quem você É, além do ego e da mente.

"Na minha experiência, todos dizem que querem descobrir a verdade, mas só até eles perceberam que A Verdade irá roubar suas ideias mais impregnadas, crenças, esperanças, e sonhos. A ideia de liberdade pela iluminação significa muito mais que a experiência de amor e paz. Significa descobrir uma verdade que vai virar sua visão do "eu" de cabeça para baixo. Para aquele que realmente está preparado, isso será imaginavelmente libertador. Mas para aquele que ainda está apegado de qualquer maneira que seja, isso será extremamente desafiador de fato. Mas como saber se estou pronto? 
Você está pronto quando estiver disposto a ser absolutamente consumido por um fogo sem fim."

(Adyashanti)


1- Negação e Isolamento
A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a Negação e o Isolamento não persistem por muito tempo.

2- Raiva
Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter a Negação e o Isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.

3- Barganha
Havendo deixado de lado a Negação e o Isolamento, “percebendo” que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo.

4- Depressão
Evidentemente, trata-se de uma atitude evolutiva; negar não adiantou, agredir e se revoltar também não, fazer barganhas não resolveu. Surge então um sentimento de grande perda. É o sofrimento e a dor psíquica de quem percebe a realidade nua e crua, como ela é realmente, é a consciência plena de que nascemos e morremos sozinhos. Aqui a depressão assume um quadro clínico mais típico e característico; desânimo, desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc.

5- Aceitação
Nesse estágio o paciente já não experimenta o desespero e nem nega sua realidade. Esse é um momento de repouso e serenidade. 




domingo, 7 de dezembro de 2014

A filosofia e prática de trabalhar a partir da base em Iyengar Yoga

Por Frank Jesse
http://www.griffinshill.com.au/griffins-hill-retreat-blog/entry/the-philosophy-and-practice-of-working-from-the-base-in-iyengar-yoga

Iyengar yoga é uma prática que vai ajudar a aterrar você, fisicamente, emocionalmente e mentalmente. Uma das maneiras que alcançamos essa sensação de ser aterrado - abrandar, sendo mais focado, e tornando-se mais conscientes do que é mais importante para nós no dia-a-dia - é para voltar constantemente a trabalhar a partir da base da nossa postura (asana).

A base de um asana muda de acordo com a pose. Em Tadasana (postura da montanha), a base é de seus pés. Em Sirsasana (pouso sobre a cabeça), a base é a cabeça, braços e pulsos. Em Savasana (postura do cadáver), que é um pouco menos clara, pois todo o corpo está no chão, mas podemos nos concentrar nas peças que estão tocando o nosso tapete para nos alinhar corretamente.

A lógica de trabalhar a partir da base

A prática de Iyengar Yoga começa com aprender a trabalhar com as partes do nosso corpo que estão tocando nosso tapete; é a partir daqui que nós construímos o asana. Parece simples, mas assim que se dá uma instrução, como levantar os braços à altura dos ombros, é fácil perder a consciência da base. Por exemplo, em Urdhva Hastasana nós precisamos aprender a ligar o movimento de levantar os braços para a ação de aterramento através de nossos pés, e depois de estender completamente o corpo de nossos pés para nossas mãos. Isto não só traz leveza para a pose, gerando ação sem tensão, mas também ajuda a manter nossa mente totalmente presente e ajuda a alinhar o corpo corretamente.
Mas por que precisamos de fazer isso?

Há uma lógica. É realmente a única maneira que podemos trabalhar; estamos conectados com a gravidade para o chão e, sem ela, não podemos trabalhar da mesma forma. A base do asana é a nossa base, como a fundação de uma casa. Se você construir uma casa sobre fundações pobres, não importa o quão bonito suas paredes e janelas são, não será estável ou seguro.

Nossa base influencia o nosso alinhamento na postura - que é tão importante para manter o esforço de manter a postura mínima. Chamamos isso de "ação sem tensão"- realizar o asana com o esforço necessário, e não mais do que isso. Esforço sem esforço também implica que, enquanto o corpo trabalha em um nível muscular a mente sempre permanece calmo e focado e a respiração suave.

A diferença de alinhamento é muito profunda. Quando trabalhamos nossas pernas corretamente, por exemplo, em Tadasana, nosso peito levanta e abre, e os nossos braços cair naturalmente ao nosso lado, e em Urdhva Hastasana nossos braços se estendem sobre a nossa cabeça quase sem esforço.

A disciplina de trabalhar a partir da base

Treinando nossas mentes para estender nossos corpos a partir da base é uma disciplina. É como voltar nosso foco para a respiração, uma disciplina que requer prática constante.

Esta disciplina é, por si só, bastante "aterradora". Quando nossas mentes vagueiam de uma ideia para outra, de momento a momento, nós não nos sentimos aterrados, com foco.

Ela também fornece uma estrutura com a qual podemos trabalhar através de cada etapa do alinhamento da postura. Mais tarde, quando temos praticado uma postura com mais regularidade, o que aprendemos cada vez que praticamos é lembrado em um nível mais celular e o esforço mental de "segurar" o asana alivia.

Ela também funciona para nós em um nível energético - nos sentimos mais leves quando trabalhamos a partir da base, porque tudo está alinhado e acaba no lugar certo. Por exemplo, em Tadasana, se sua base é fraca, seus braços vão se sentir pesado quando você tenta levantá-los sobre sua cabeça.

Como podemos saber se não estamos conectados com a base

Essa percepção é gradual, quanto mais conectado você se sente, mais esses alinhamentos são percebidos.

No início, tentamos chegar ao asana com a mente, em vez de ouvir o nosso corpo.

Precisamos encontrar um pouco de humildade aqui, para tomar o tempo para aprender cada passo de cada postura, para não deixar nosso ego empurrar-nos para estar com pressa de chegar a pose final. Então, devemos dar um passo de cada vez. Se encontrarmos uma pose que é muito complexa para nós, deveríamos voltar a uma pose que é mais simples até compreender um pouco mais o corpo.

Precisamos obter os asanas básicos -como Tadasana e Dandasana - alinhado corretamente antes de dar o próximo passo. Não é possível fazer uma parada de mão corretamente se você não fizer isso no Urdhva Hastasana ou no Tadasana.

Se a base não é firme, vamos nos movimentar, sentir instável, fraco ou forte.

A base é a nossa base, literal e figurativamente. À medida que praticamos yoga diariamente o nosso conhecimento ou entendimento também é construída a partir de uma base firme.

De acordo com Patañjali, (sutra II.46) asana é, asanam sthira sukham, "O asana deve ser firme e confortável".

Trabalhando a partir da base em Tadasana

1) Fique em pé com os pés juntos, dedões dos pés e tornozelos se tocam. Pés apontando para a frente

2) Aprenda a se espalhar com as bolas dos pés e pressione uniformemente através das bordas internas e externas de seus pés

3) Distribua o peso igualmente através de ambos os pés e levante o arcos dos pés.

4) As patelas devem se mover para cima e se certifique de que elas apontam para a frente

5) Levante fortemente através das coxas

6) Pressione os ossos da coxa com a musculatura anterior e a posterior.

7) Mantenha pelve em posição neutra (leve o osso púbico em direção do umbigo). Isso não está se inclinando para a frente ou para trás. Quando a pelve está perto de uma posição neutra, a sínfise púbica e borda superior da pelve será no mesmo plano vertical.

8) Mantenha as cristas ilíacas paralelas ao chão e à sua frente.

9) Levante e cresça através do abdômen

10) Levante e caixa torácica. Amplie para "abrir" o peito

11) Ombros se direcionam para longe das orelhas, os dedos das mãos apontam forte para o chão (sem tensão nos ombros ou escápulas)

12) Olhe para a frente sem inclinar a cabeça para trás. Levante-se através da base do crânio, enquanto manter seu nível de olhar e olhos suaves. R

13) Aprenda a se conectar e observar todas as ações em relação à base (pés, neste caso)

Quando somos capazes de espalhar a nossa consciência em todo o asana desde os pés até a coroa da cabeça com perfeita firmeza do corpo, da firmeza do intelecto e benevolência de espírito esta é a mediação na ação, a própria essência Iyengar Yoga.






























































quinta-feira, 27 de novembro de 2014

PSOAS - O Músculo da Alma

Texto traduzido de:



Fiquei encantada quando me deparei com um trabalho incrível de Liz Koch porque confirmou muito do que eu já havia intuído em meu próprio corpo. Comecei a abrir e fechar minha prática de yoga realizando exercícios de abertura de quadril, com a intenção específica de liberar a tensão em meus psoas e nos flexores do quadril. Eu respirava e imaginava a tensão que fluia para fora dos músculos contraídos sendo lançada como energia para o tronco.

Funcionou, eu sinto o meu corpo ficando suave e ao mesmo tempo de alguma forma mais forte.

Lendo o que Liz Koch escreveu imediatamente percebi o que estava fazendo – ao aprender a relaxar meus psoas eu estava literalmente energizando o núcleo mais profundo do meu ser para uma reconexão com a energia poderosa da Terra. Segundo Koch, o psoas é muito mais do que um núcleo de estabilização muscular, é um órgão de percepção composto de tecido bio-inteligente e “literalmente encarna o nosso mais profundo desejo de sobrevivência e, mais profundamente, o nosso desejo elementar de florescer.” Bem, eu só tinha que aprender mais. Aqui temos apenas um pedaço da pesquisa que Liz Koch e outros descobriram a respeito da importância do psoas para a nossa saúde, vitalidade e bem-estar emocional.

O psoas é o músculo mais profundo que afeta nosso equilíbrio estrutural, a integridade muscular, flexibilidade, força, amplitude de movimento, mobilidade articular e funcionamento dos órgãos.
Crescendo para fora de ambos os lados da coluna vertebral, o psoas se estende lateralmente a partir das vértebras torácicas  para cada uma das vértebras lombares. A partir daí, flui para baixo através do núcleo abdominal, a pelve, para fixar a parte superior do fêmur, na coxa.

O psoas é único “músculo” que se conecta às pernas. Ele é responsável por nos manter em pé, e nos permite levantar as pernas para andar. Um psoas saudável, estabiliza a coluna vertebral e fornece suporte através do tronco, formando uma prateleira para os órgãos abdominais vitais.

O psoas está ligado ao diafragma por meio do tecido conjuntivo ou fáscia que afeta tanto a nossa respiração quanto o reflexo do medo. Isto é porque o psoas está diretamente relacionado ao cérebro reptiliano, a parte mais primitiva e interior do tronco cerebral e da medula espinhal. Como Koch escreve “muito antes da palavra falada ou da capacidade de organização desenvolvida do córtex, o cérebro reptiliano, conhecido por seu instinto de sobrevivência, mantém nosso funcionamento central essencial “.

Koch acredita que o nosso estilo de vida rápido e moderno (que gira em torno da adrenalina de nosso sistema nervoso simpático) cronicamente dispara e tensiona o psoas – tornando-o literalmente pronto para fugir ou lutar. O psoas te ajuda a entrar em ação – ou a encolher-se em uma bolha de proteção.

Se constantemente contrairmos o psoas devido ao estresse ou tensão, o músculo eventualmente começa a encurtar levando a uma série de condições dolorosas, incluindo dor lombar, dor sacroilíaca, ciática, problemas de disco, espondilose, escoliose, degeneração do quadril, dor no joelho, dores menstruais, infertilidade e problemas digestivos.

Um psoas tenso não só cria problemas estruturais; ele contrai os órgãos, coloca pressão sobre os nervos, interferindo no movimento de fluidos, e prejudica a respiração (pela sua ligação ao diafrágma).

De fato, “O psoas é tão intimamente envolvido em tais reações físicas e emocionais básicas, que um psoas cronicamente apertado envia continuadamente sinais ao seu corpo de que você está em perigo, eventualmente exaurindo as glândulas supra-renais e esgotando o sistema imunológico.”

E de acordo com Koch, esta situação é agravada por muitas coisas em nosso moderno estilo de vida; de assentos de carro a roupas apertadas; de cadeiras a sapatos que distorcem nossa postura, restringem nossos movimentos naturais e ainda contraem nossos psoas.

Koch acredita que o primeiro passo para cultivar um psoas saudável é o de libertar a tensão desnecessária. Mas "trabalhar com o psoas não é tentar controlar o músculo, mas cultivar a consciência necessária para a detecção de suas mensagens. Isto implica fazer uma escolha consciente de se tornar somaticamente consciente."

Um psoas relaxado é a marca de uma vida e de uma expressão criativas. Em vez de um psoas contraído, pronto para correr ou lutar, o psoas relaxado e liberado está pronto para alongar e abrir, para dançar. Em muitas posturas de yoga (como da árvore) as coxas não podem girar totalmente para fora a menos que o psoas relaxe. Um psoas liberado permite que a parte frontal das coxas se alongue e que a perna se mova independentemente da pelve, melhorando e aprofundando a elevação de todo o tronco e do coração.

Koch acredita que cultivando uma psoas saudável, podemos reacender energias vitais do nosso corpo, aprendendo a nos reconectar com a força vital do universo. Dentro da tradição taoísta é dito que o psoas é o assento ou músculo da alma, e que ele circunda o “Dan Tien” inferior, um centro de energia principal do corpo. Um psoas flexível e forte permite que as energias sutis fluam através dos ossos, músculos e articulações.

Koch escreve “O psoas, conduzindo energia, nos fundamentos da terra, como um fio de aterramento evita choques e elimina estática em um rádio. Liberada e aterrada, a coluna pode despertar “…” Na medida em que o fluxo gravitacional transfere peso através dos ossos, tecidos e músculos, para a Terra, a Terra devolve, fluindo pernas e coluna acima, uma postura, um movimento e uma expressão energizante, coordenada e animada. É um diálogo ininterrupto entre o eu, a Terra, e o cosmos. ”

Então, pode valer a pena, da próxima vez que você praticar, sintonizar e prestar atenção ao que os bio-inteligentes psoas têm a dizer.



Juliana Romera

domingo, 23 de novembro de 2014

DESAPEGUE-SE

“Outra lembrança infantil evoca meu desejo de possuir um cachorro feio que pertencia a um vizinho. Mantive todos em casa num torvelinho, durante semanas, para obter aquele bicho. Meus ouvidos ficaram surdos às ofertas de outros animaizinhos de aparência mais agradável. Moralidade: O apego cega; empresta um halo imaginário de atração ao objeto desejado."

Esta frase é retirada do livro "Autobiografia de um Yogue" de Paramahansa Yogananda, quando este pede à seu mestre para lhe contar algo sobre sua infância.

E quem nunca passou por isso? Por essa cegueira devido ao apego à algo ou alguém?

Livrar-se do apego do que você tem é um pouco mais fácil.. dar uma roupa embora, vender um carro, deixar algum hábito ou qualquer outro apego que temos, basta você se decidir por isso e pronto (mesmo porque, quando você decide se "livrar" de algo, é porque este já não está mais te satisfazendo, o que torna esse "desapego" mais superficial ainda).

O difícil é desapegar-se do que não temos, do que queremos, do que colocamos expectativa de que, ao conquistar, seremos felizes, completos, etc. Isso sim é praticar o desapego, é se livrar dos desejos, parar de colocar a sua felicidade na mão dos outros ou das coisas ("Quando eu conseguir tal emprego, serei feliz.", "Quando eu namorar tale pessoa, estarei completo.", "Quando eu comprar tal coisa eu terei me realizado.", etc).

Esta transferência da sua responsabilidade de ser feliz com o que temos e com o que somos não deve acontecer. Pois desse modo, nunca seremos felizes, pois sempre estaremos querendo mais e mais e mais.!

Esteja no presente! É aqui que as coisas acontecem!




Juliana Romera
www.yoganoabc.com


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Chakras - Conheça os 7 principais

A palavra em sânscrito Chakra significa "roda de energia", e são centros que representam diferentes aspectos da natureza sutil do ser humano.

Existem sete principais, localizados ao longo da nossa coluna vertebral. 

Chakra Muladhara (Básico)
   Cor: vermelho
   A sua função é a sobrevivência, que inclui a própria segurança e as necessidades físicas básicas, tais como comer, beber e dormir, além do sexo e do abrigo. Quando está em desequilíbrio, pode gerar insegurança, falta de "gana", atitudes mais violentas, ganância ou fúria. A pessoa ainda apresenta uma demasiada preocupação com a própria sobrevivência, tensão, o "viver para ter".

Chakra Svadhistana (Sacro)
   Cor: laranja
   Tem ligação com a criatividade e a vitalidade. As funções principais do Svadhistana são sexualidade, vitalidade e criatividade. Ele corresponde à nossa autoestima, à energia sexual e à expressão do "eu" através da sexualidade e/ou criatividade. É no centro energético do bem-estar físico, do prazer e da realização que se percebem as mágoas, sentimentos de culpa e medo (pecado). Em desequilíbrio pode gerar dificuldades sexuais, ausência de objetivos, sentimento de impotência, confusão, ciúme, inveja ou desejo de possuir. Impacta diretamente no desejo e na vontade de viver, alcançar outros patamares, enfrentar desafios e viver o presente.

Chakra Manipura (Plexo solar)
   Cor: amarelo
   A "morada do EU". É onde "mora" o ego de cada um, representa a força do indivíduo. Sua funções primordiais são o poder e a vontade. Também mostra como está nossa digestão (de situações), nossos humores e controle. Quando o Manipura está com excesso energético pode gerar egoísmo, egocentrismo, fúria, medo, ódio e dificuldade em assimilar/digerir. E quando está com baixa energia, a pessoa fica apática, sem força de vontade e insatisfeita.
Chakra Anahata (Cardíaco)
   Cor: verde e rosa
   Simboliza o centro das emoções. Esse chakra é o centro do amor e sabedoria nas relações emocionais. Gera estabilidade e confiança, além de trabalhar as manifestações reprimidas e as feridas emocionais. Quando o Anahata se mostra em desequilíbrio, pode gerar repressão do amor, instabilidade emocional, sensação de opressão e/ou peso no peito.

Chakra Vishudda (Laríngeo)
   Cor: azul claro
   A função principal desse chakra é o se expressar. Por isso, a autoexpressão e a comunicação são as palavras-chaves dele. Ajuda a relacionar e exteriorizar o que sentimos e o que pensamos. Percebemos que o Vishudda está em desequilíbrio quando apresentamos problemas na comunicação - geralmente a falta dela - o uso insensato do conhecimento e a falta de discernimento. Nesse caso, a pessoa pode falar demais ou dizer bobagens por querer esconder o que sente. Num outro extremo, pode tender a falar pouco e "engolir sapos".

Chakra Ajna (Frontal)
   Cor: azul índigo
   Representa a mente e a intuição. A função dupla desse chakra faz com que ele seja um dos mais difíceis de manter o equilíbrio, pois o excesso de uma característica leva à falta da outra. Em desequilíbrio, pode desencadear falta de concentração, medo, cinismo, tensão, pesadelos, e excesso ou falta de sono. Também é recorrente ter um acúmulo de pensamentos.

Chakra Sahasrara (Coronário)
   Cor: lilás e dourado
   Representa nossa ligação com o Alto, a Energia Superior, o Universo. A sua função principal é evoluir, ascender e se aprimorar como ser humano. Percebemos o Sahasrara em desequilíbrio quando apresentamos falta de inspiração, confusão, tristeza relacionada à falta de esperança, alienação ou hesitação em servir ao bem comum.




quinta-feira, 25 de setembro de 2014

UTTANASANA - Variações

Uttanasana pode ter diversos modos diferentes de ser executado para você se aprofundar no asana, melhorar sua consciência e também seu alinhamento.

Utilizar o bloco entre as coxas
Flexione ligeiramente os joelhos, posicione o bloco entre as coxas, leve as mãos no chão e pressionando o bloco estenda devagar os joelhos. Faça estas duas ações ao mesmo tempo, pressionar o bloco e estender os joelhos. Você sentirá um trabalho da parte interna das coxas, parte que muitas vezes é deixada de lado e o peso do corpo acaba indo para as bordas externas dos pés e, consequentemente, das pernas. 
Os pés devem estar em TADASANA no chão, com o peso bem distribuído.










Apoiar as mãos sobre os blocos
Caso sua maior dificuldade seja o encurtamento da musculatura posterior do corpo (pernas, costas, ombros), experimente manter as mãos elevadas (apoiadas nos blocos), pois assim você consegue manter o alinhamento das costas. Com a melhora do alongamento você pode deitar os blocos para o apoio ficar mais baixo, até retirá-los. Nesta posição, gire os ombros para trás, unindo suas escápulas, e direcione os ísquios para o teto, sentindo não só o alongamento das pernas, mas também um trabalho nas costas.










Manter os joelhos flexionados
Flexione um pouco os joelhos, aproximando o tronco das coxas, mantendo as costas alinhadas (ombros girando para trás, escápulas unidas e ísquios para cima), e à partir da ação de direcionar os ísquios para o teto tente estender os joelhos, sem perder o contato do tronco nas coxas. 
É uma forma bem interessante de entender o alinhamento final da postura, e melhorar a flexibilidade.













Fotos e sugestões de ajustes retirados de 
http://www.yogajournal.com/slideshow/achieve-uttanasana-safe-way/#slide-1

Texto adaptado por Juliana Romera

domingo, 21 de setembro de 2014

A utilização de PROPS

Muitas pessoas associam o uso dos PROPS (ou os acessórios utilizados em aulas baseadas no método do Iyengar) à uma facilitação na execução das posturas, porém nem sempre o objetivo é este.

O uso destes objetos é muitas vezes mais pedagógico do que qualquer outra coisa. Se o objetivo deste método é manter os alinhamentos do corpo, às vezes eles não são possíveis na condição física do praticante.

Se o seu alongamento posterior ainda não te permite manter as costas alinhadas no Uttanasana, apoiar as mãos nos "bloquinhos" pode te colocar no alinhamento correto, e aos poucos, com a melhora do alongamento e, principalmente, da consciência corporal, suas mãos chegam ao chão. Ao mesmo tempo, um praticante com um bom alongamento também pode utilizar o bloquinho desta forma para melhorar o seu alongamento, fazer algum ajuste mais refinado, alinhar as costas, ou qualquer outro objetivo. Ou seja, neste caso o bloquinho é um educador, e não um possibilitador.




Em muitos outros asanas, podemos utilizar os PROPS para "dificultar" a sua execução, para que o praticante leve mais consciência para determinada ação ou ajuste. E assim, ao permanecer neste ajuste, quando os PROPS são retirados, a consciência na postura melhora, e ela será realizada com mais ação e atenção. 

O Iyengar sempre defendeu que o YOGA é para todos, e os PROPS também vem com essa função, eles são possibilitadores, e nem sempre facilitadores.

Utilize os PROPS de diferentes maneiras, e você perceberá suas inúmeras funções, porém não fique dependentes deles.

domingo, 14 de setembro de 2014

Os 3 Gunas

Os Gunas são qualidades ou atributos de toda a manifestação (prakriti), e são eles: Sattva, Rajas e Tamas.

Sattva é a qualidade do equilíbrio, pura, iluminadora, e leva à lucidez e à serenidade mental.

Rajas é a qualidade da ação, mobilidade, atividade, torna a pessoa ativa e energética.

Tamas é a qualidade da inação, da inércia, da escuridão, de ignorância e torna a pessoa inerte.

Todas as nossas ações, pensamentos e emoções são influenciadas pelos gunas, nossa mente vai da inércia para a ação (passando pelo equilíbrio) o tempo todo.

Manter uma mente Sattvica não é tarefa fácil, pois não é difícil nós irmos muito para o extremo da ação, da superatividade e depois afundarmos na inércia, na inatividade, letargia, e fica cada vez mais difícil encontrar e se manter próximo de Sattva, do equilíbrio.

Se ao observarmos nossas ações e entendermos que há momentos que Rajas deve atuar, porém ao terminar a ação necessária, deveríamos tentar voltar para o centro, não nos distanciaríamos tanto do ponto de equilíbrio.

Toda excitação quando acaba vai para uma depressão, e assim acabamos ficando sempre variando de um extremo ao outro, passando rapidamente pelo equilíbrio, sem conseguir permanecer nele.

Imagine uma linha reta feita com um material elástico, essa linha seria Sattva. Quando precisamos de ação (rajas) é como se puxássemos esse elástico para o lado de Rajas, quanto mais puxar esse elástico para longe da linha do centro, quando a ação terminar e o elástico for solto ele passará com força pelo centro e irá para o outro lado da linha (tamas) na mesma proporção.

Para evitar um pouco esse movimento, devemos pensar mais em nossas ações, e nos distanciarmos cada vez menos do centro, e assim fica mais fácil voltar para ele.

Pense nos gunas em tudo que você fizer, sentimentos, ações, emoções, asanas, relacionamentos, etc, TUDO é regido por eles, então sua observação deve ser global.

"SATTVA adere à felicidade, RAJAS à ação, enquanto TAMAS
verdadeiramente encobrindo o conhecimento, adere à negligência"
Bhagavad Gita (14:9)



Juliana Romera

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

7 Linhas Clássicas do Yoga


1- HATHA YOGA
   O Hatha Yoga é a linha que se utiliza dos ASANAS (posturas) para preparar o corpo e a mente para práticas espirituais mais elevadas. Esta linha propõe que o corpo não é um obstáculo para estágios mais sutis do Yoga, e sim que o corpo é um templo onde habita o divino.

2- JNANA YOGA
   Esta linha se baseia no discernimento entre o real e o ilusório, eliminando a ignorância através do conhecimento. Esta linha se divide em 7 partes: Discernimento, Renúncia, Austeridade, Desejo de libertação, Audição atenta, Reflexão e Meditação.

3- BHAKTI YOGA
   Esta linha é devocional, e através deste amor devocional o yogin alcança o conhecimento do absoluto. Existem duas etapas nesta linha, o Bhakti tradicional (cantos, repetições de nomes sagrados, peregrinações, etc) e o Bhakti apaixonada, que resulta da prática sincera desta primeira etapa, flui naturalmente do devoto mais puro.

4- KARMA YOGA
   É o Yoga da ação, porém de um agir desinteressado, sem esperar resultado dos seus atos, apenas fazer o que se deve fazer.

5- MANTRA YOGA
   Mantra é um instrumento para controlar a mente, e através das repetições atingem-se níveis alterados de consciência.

6- TANTRA YOGA
   A palavra tantra vem de teia, tecido e trás uma ideia de que tudo é interligado. É uma filosofia comportamental, onde tem como ponto central a união dos opostos. Os textos de tantra são sempre um diálogo entre Shakti (princípio feminino) e Shiva (princípio masculino).
7- RAJA YOGA
   Raja significa real, e é o ramo do yoga que estuda e desenvolve as potencialidades da mente. Patanjali mostra nos yoga sutras o caminho para este objetivo, que são os 8 passos do yoga.


Juliana Romera
(Texto baseado na apostila do Curso de Formação do Prof. Osnir Cugenotta)


Anatomia para aulas de Yoga

Patelas para cima, escápulas para baixo, bíceps para fora e muitas outras expressões fazem parte de uma aula de Yoga, porém nem todos sabem o que estes termos significam e onde ficam no seu corpo.

Para ajudar, fizemos um pequeno mapa do corpo humano com os principais pontos mencionados em uma aula de Iyengar, para você entender melhor os comandos do seu professor. Mas lembre-se, nada substitui uma explicação ao vivo, demonstrando no seu corpo as ações e alinhamentos.

Sempre que você tiver dúvida sobre uma ação solicitada, peça para o seu professor lhe explicar com mais detalhes o que ele quer dizer com aquelas palavras, pois para um alinhamento ser eficiente você deve entender o seu movimento e fazê-lo conscientemente.


Boa prática!!


Juliana Romera

domingo, 31 de agosto de 2014

OM OM OM

Normalmente iniciamos uma prática ou uma aula de Yoga entoando 3 vezes o Mantra OM, mas você já se perguntou o porquê disso?

A resposta é simples, estes 3 OM servem para desatarmos nossos 3 Granthis.

O que são os Granthis?
Os Granthis nada mais são do que "nós" psico/emocionais/energéticos que temos ao longo do Sushuma Nadhi, que fica localizado na nossa coluna.
O objetivo maior do Yoga é fazer com que a energia localizada na base da coluna suba até o topo da cabeça, através do Sushuma Nadhi, porém estes Granthis são como barreiras para essa energia fluir.



Brahma GranthiEstá localizado na região do Muladhara Chakra (base da coluna). Esse primeiro nó energético faz com que a relação do homem com os aspectos básicos não fluam naturalmente, com isso esse Granthi mantém a pessoa apegada ao mundo físico/material/emocional e aos seus aspectos mais densos.

Vishnu Granthi

Está localizado na região do Anahata Chakra (atrás do coração). Esse segundo nó faz com que o homem selecione os objetos a serem amados e cria apego por estes, impedindo o equilíbrio das emoções.

Shiva Granthi (ou Rudra Granthi)
Está localizado na região do Ajña Chakra (centro do cabeça). Esse nó faz com que o homem se perca na intelectualidade vazia e estéril, deixando a mente fique sempre agitada.

Entoar 3 vezes o mantra OM mentalizando estes 3 pontos, é o primeiro passo para removê-los, e é claro, muita prática.



Isis Kohl
Juliana Romera

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Mas afinal, o que é Yoga?


   O Yoga está muito além de flexibilidade e contorcionismos do nosso corpo, o Yoga é um estilo de vida que todos podem ter.

   O maior objetivo do Yoga é se libertar (moksa). Se libertar de condicionamentos e crenças que impedem nosso crescimento, nossa plenitude e felicidade.

   Jaideva Siṅgh, no comentário doVijñānabhairava (texto de Tantra) diz:
   "A palavra Yoga é usada tanto no sentido de união (com o Divino) como no de veículo para essa união.     [...] Desafortunadamente, nenhuma palavra foi tão profanada nos tempos modernos como a palavra Yoga. Andar sobre o fogo, tomar ácido lisérgico, parar o batimento cardíaco, etc. se consideram Yoga quando, a bem da verdade, não têm nada a ver com ele. Mesmo os poderes psíquicos [siddhis] não são Yoga. Yoga é consciência; transformação da consciência humana em consciência divina."

   Krishna no Bhagavad Gita diz: “Yoga é habilidade nas ações”, porém, habilidade em quais ações? Se pensarmos em um atleta, ele é hábil em determinadas ações, mas isto não faz dele um yogi. Devemos entender esta habilidade, ou perfeição, como fluir harmoniosamente de acordo com o dharma, aceitar o que é imposto da melhor maneira, aceitar sem julgar o que a vida lhe apresentar. Existe felicidade ou realização maior do que esta? Aceitar as coisas sem esperar resultados? Esta é a verdadeira liberdade.

   Quando Patanjali diz nos Yoga Sutras que “Yoga é a inibição das flutuações mentais”, de certa forma também está ligada com esta liberdade. Uma mente mais tranquila enxerga as coisas de maneira mais clara, e o discernimento está mais presente.

   O Yoga está muito além dos asanas, existe todo um pano de fundo para eles. Existe sua conduta interna, sua conduta com o mundo. Por isso não devemos dizer que fazemos yoga, pois yoga não se faz, se vive.

   Todos os passos do Yoga têm sua função, porém deve-se viver todo o processo, e assim buscar a libertação.




Juliana Romera

Os 3 compartimentos

Todos nós temos a vida dividida em 3 compartimentos: Mental/Emocional, Físico e Espiritual, porém a dificuldade em encaixar as coisas no compartimento correto é grande.

Entender quando um problema vem do lado material, quando ele tem origem emocional/mental ou é algo espiritual, faria com que nós resolvêssemos este problema de forma mais eficaz.

Temos um problema físico, e procuramos uma religião. Temos um problema emocional, corremos para comer ou comprar. Temos um problema financeiro, e entramos em depressão. Esta confusão é mais comum do que se pode imaginar, pois entender a verdadeira origem do problema requer enxergar coisas que nós mesmos tentamos esconder (de nós mesmos).

Esta auto análise deve ser verdadeira, e devemos ter coragem para entender o real foco do sofrimento, e poder corrigi-lo de forma eficiente.

Muitos problemas emocionais, às vezes bem sutis, se camuflam de qualidades e nós deixamos de lado, pois pensamos ser virtudes. Camuflamos tristeza como cansaço por excesso de trabalho, medo como cautela, ser mercenário como ser ambicioso, e muitos outros.

Pense sinceramente se você nunca comprou quando sentiu solidão, mesmo cercado de pessoas, se nunca comeu sem estar com fome em algum momento de angústia, ou qualquer outro exemplo. Comece a refletir um pouco mais antes de agir, faça disso um exercício, e tente acertar o compartimento na hora de buscar uma solução.

Se guardamos cada documento na sua respectiva gaveta, tudo sempre estará organizado, faça isso com sua vida também!


Juliana Romera

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

As 3 peneiras de Sócrates


Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.

Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:
- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras? - indagou o rapaz.
- Sim! A primeira peneira é a VERDADE.
O que você quer me contar dos outros é um fato?
Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo.
Suponhamos que seja verdade.
Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE.
O que você vai contar é uma coisa boa?
Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo?
Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE.
Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?
Arremata Sócrates:
- Se passou pelas três peneiras, conte!!! Tanto eu, como você e o próximo iremos nos beneficiar.
Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta.

Pense um pouco mais antes de falar sobre algo ou alguém! Muitas vezes, o silêncio é uma benção.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Por que não posso beber água durante a prática?

Para entendermos isso primeiro precisamos conhecer os Vayus.

A palavra Vayu significa vento, e são energias que circulam em diferentes regiões do corpo e possuem diferentes funções. Falaremos aqui sobre os 5 principais (Prana, Apana, Samana, Udana e Vyana Vayu).

1 - PRANA VAYU
Se localiza entre a garganta e o diafragma e controla a fala, os batimentos cardíacos, a circulação e a respiração.

2 - APANA VAYU
Se localiza na região abaixo do umbigo e controla todas as funções de eliminação (exalação, menstruação, nascimento, eliminação de urina e fezes).

3 - SAMANA VAYU
Está localizada entre o coração e o umbigo, controlando todo o sistema digestório, todas as funções de absorção e assimilação. É responsável também por harmonizar Prana e Apana além de auxiliar o coração e o sistema circulatório.

4 - UDANA VAYU
Fica entre a garganta e o topo da cabeça, controlando os órgãos acima da garganta (olhos, nariz, ouvidos e cérebro). Rege os atos de tossir, engasgar, soluçar e engolir. Este vayu é responsável também pelos receptores sensoriais.

5 - VYANA VAYU
Se move pelo corpo todo, levando o prana para cada célula do corpo. Atua sobre a circulação, pensamentos, músculos e juntas. É responsável por manter o corpo ereto, movimentos e coordenação.

Conhecendo os Vayus e suas funções fica fácil de compreender o trabalho energético do Yoga, pois ao realizarmos asanas e pranayamas nós mudamos a direção normal dos Vayus, fazendo APANA VAYU que flui para baixo, fluir para cima (energia da base da coluna para o topo da cabeça).

A inspiração consciente faz o prana fluir para baixo, abrindo a boca do sushuma nadi (localizada na base da coluna). O movimento de elevação do assoalho pélvico conduza APANA VAYU para cima, através da boca do sushuma que agora está aberto. Com o movimento da respiração, de elevar o diafragma e do abdome ser sugado para dentro, PRANA, APANA e SAMANA VAYUS unem-se no sushuma nadí.

Ao beber algo, comer algo ou ir ao banheiro os vayus precisam voltar para suas funções iniciais, e fluir na direção natural deles, com isso, todo o trabalho energético desta inversão dos Vayus é perdida, neutralizando os aspectos mais sutis, importantes e profundos da prática.

O ideal é não consumir nada um tempo antes da prática (ou jejum), para que você não precise ir ao banheiro logo após a prática, e deixar essa inversão dos vayus agir por um tempo. Cerca de 30 minutos depois os vayus já voltaram às suas funções, e você já absorveu os benefícios importantes da prática.


Juliana Romera




quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Os 5 Kleshas

Kleshas são as causas do sofrimento humano, e Patanjali, nos Yoga Sutras, conseguiu reduzí-las a cinco:

"AVIDYA ASMITHA RAGA DVESHA ABHINIVESHA PANCHA KLESHAHA"

"A IGNORÂNCIA, O EGOÍSMO, O APEGO A AVERSÃO E O MEDO DA MORTE 
SÃO AS CAUSAS DO SOFRIMENTO HUMANO"

Yoga Sutra 2.3

AVIDYA - Ignorância
Esta é a raiz de todo o sofrimento, o fato de não conhecer ou entender que o que você é é diferente do que você está (e se identificar com isso) causa sofrimentos, essa identificação com o que você está faz você levar tudo para o lado pessoal, e o que acontecer com seu corpo e emoções te abala profundamente (sofrimento).

ASMITA - Egoísmo
O egoísmo nada mais é do que esta identificação com o que você está. O ego tem sua função, de fazer você se relacionar com o meio (vida prática), mas ele deve ser apenas isso, e não o comandante.

RAGA - Apego
O apego também vem dessa identificação, pois à partir do momento que me identifico e acredito que eu sou aquilo, eu preciso das coisas para me manter, sejam bens materiais, emoções ou sentimentos, e passo a achar que dependo das coisas.

DVESHA - Aversão
Aquilo que não me agrada eu tenho aversão. Se eu acho que algo deve ser meu e eu não tenho, eu passo a criar esse sentimento de aversão. Mais uma vez vem da identificação, que gera o egoísmo, que gera o apego e quando eu perco, eu sofro.

ABHINIVESHA - Medo da Morte
Com essa identificação com nosso corpo, com nossa personalidade, com o que estamos, o medo de que isso acabe é inevitável. O medo do desconhecido devido à nossa ignorância em relação à verdade é mais uma vez a raiz de todo nosso sofrimento.


Se você parar para pensar no que te faze sofrer, vai perceber que a cauda será uma dessas, em graus diferentes, mascaradas, camufladas, mas sempre estes.


Reflita!


Juliana Romera








terça-feira, 19 de agosto de 2014

Os oito passos do YOGA

O Yoga foi decodificado por Patanjali, e ele dividiu o YOGA em 8 partes ou passos, sendo eles:

1 - YAMAS (como o Yogi deve se relacionar com o mundo)
  • Ahimsa - Não violência
  • Satya - Não mentir
  • Asteya - Não roubar
  • Brahmacharya - Contenção da energia
  • Aparigraha - Não cumular sem necessidade
2 - NYAMAS (como o Yogi deve se comportar com ele mesmo)
  • Saucha - Pureza / Limpeza
  • Santosha - Contentamento
  • Tapas - Disciplina
  • Swadyaya - Estudo de si mesmo
  • Ishwara Pranidhana - Auto entrega / Fé
3 - ASANAS (posturas psicofísicas)

4 - PRANAYAMAS (Expansão da energia vital - prana - através da respiração)

5 - PRATYAHARA (Introspecção dos sentidos)

6 - DHARANA (Concentração)

7 - DHYANA (Meditação)

8 - SAMADHI (Iluminação / auto realização)

Fica aqui a reflexão do quanto você se dedica ao Yoga, já que grande parte dos praticantes se restringem aos ASANAS e alguns exercícios respiratórios.

Aprofunde-se, mergulhe no YOGA!


Juliana Romera