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domingo, 25 de janeiro de 2015

Alinhamentos de Iyengar

   
Já é conhecido de todos os praticantes os alinhamentos na prática de Iyengar Yoga, principalmente do alinhamento do corpo nos asanas. Estes alinhamentos tem sua razão física, de evitar lesões, deixar a postura mais confortável, mais firme, alongar o corpo mais anatomicamente, e outros. Porém o alinhamento vai além do corpo.

     No início, pensando na prática mais física, os alinhamentos servem para direcionar o praticante à postura mais correta, no sentido não estético, e sim de correções anatômicas. Um joelho desalinhado em virabhadrasana II pode provocar lesões, entender as ações de alinhamento em posturas de equilíbrios, pode ser a diferença entre fazer e não fazer a postura, etc.

     Porém os alinhamentos vão um pouco além disso. Nós somos constituídos de diferentes corpos, diferentes camadas (como uma cebola), que são denominados Koshas. Temos nosso corpo físico, mais denso que é o corpo propriamente dito. Trabalhar com este corpo é mais fácil, mais acessível, e é com este que conseguimos trabalhar com mais facilidade.

     Depois temos um corpo sutil, de energia, de prana (Pranamayakosha). Apesar de serem dois corpos com materiais diferentes (na verdade com diferentes densidades) eles estão interligados. O que acontece em um se reflete no outro. É aqui que o alinhamento atinge um outro nível de importância. Para a energia fluir livremente, ela não pode ter obstruções, e os alinhamentos no corpo físico, desobstruem o caminho da energia no corpo mais sutil, otimizando este fluxo.

     A respiração, ou os pranayamas, está ligada ao prana, e percebemos que nossa postura pode afetar e muito. Se estamos com a coluna desalinhada, o peito "fechado", o diafragma "contraído" a respiração não flui, agora quando expandimos a caixa torácica e desobstruímos o caminho da respiração, ela flui livremente.

     Ao alinhar o corpo para criar equilíbrio físico e espaço interno maior, você pode aquietar e aprofundar a respiração, reduzir a quantidade de energia que você usa, e ter mais energia à sua disposição. Todo mundo quer mais energia. O alinhamento é a chave.

Boas práticas!!



Juliana Romera
www.yoganoabc.com







quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Por que não posso beber água durante a prática?

Para entendermos isso primeiro precisamos conhecer os Vayus.

A palavra Vayu significa vento, e são energias que circulam em diferentes regiões do corpo e possuem diferentes funções. Falaremos aqui sobre os 5 principais (Prana, Apana, Samana, Udana e Vyana Vayu).

1 - PRANA VAYU
Se localiza entre a garganta e o diafragma e controla a fala, os batimentos cardíacos, a circulação e a respiração.

2 - APANA VAYU
Se localiza na região abaixo do umbigo e controla todas as funções de eliminação (exalação, menstruação, nascimento, eliminação de urina e fezes).

3 - SAMANA VAYU
Está localizada entre o coração e o umbigo, controlando todo o sistema digestório, todas as funções de absorção e assimilação. É responsável também por harmonizar Prana e Apana além de auxiliar o coração e o sistema circulatório.

4 - UDANA VAYU
Fica entre a garganta e o topo da cabeça, controlando os órgãos acima da garganta (olhos, nariz, ouvidos e cérebro). Rege os atos de tossir, engasgar, soluçar e engolir. Este vayu é responsável também pelos receptores sensoriais.

5 - VYANA VAYU
Se move pelo corpo todo, levando o prana para cada célula do corpo. Atua sobre a circulação, pensamentos, músculos e juntas. É responsável por manter o corpo ereto, movimentos e coordenação.

Conhecendo os Vayus e suas funções fica fácil de compreender o trabalho energético do Yoga, pois ao realizarmos asanas e pranayamas nós mudamos a direção normal dos Vayus, fazendo APANA VAYU que flui para baixo, fluir para cima (energia da base da coluna para o topo da cabeça).

A inspiração consciente faz o prana fluir para baixo, abrindo a boca do sushuma nadi (localizada na base da coluna). O movimento de elevação do assoalho pélvico conduza APANA VAYU para cima, através da boca do sushuma que agora está aberto. Com o movimento da respiração, de elevar o diafragma e do abdome ser sugado para dentro, PRANA, APANA e SAMANA VAYUS unem-se no sushuma nadí.

Ao beber algo, comer algo ou ir ao banheiro os vayus precisam voltar para suas funções iniciais, e fluir na direção natural deles, com isso, todo o trabalho energético desta inversão dos Vayus é perdida, neutralizando os aspectos mais sutis, importantes e profundos da prática.

O ideal é não consumir nada um tempo antes da prática (ou jejum), para que você não precise ir ao banheiro logo após a prática, e deixar essa inversão dos vayus agir por um tempo. Cerca de 30 minutos depois os vayus já voltaram às suas funções, e você já absorveu os benefícios importantes da prática.


Juliana Romera