quinta-feira, 23 de abril de 2015

5 motivos para não praticar yoga

    
 Li recentemente este texto em (http://respire.blog.br/5-motivos-para-nao-praticar-yoga/) e resolvi compartilhar, pois achei bem interessante e verdadeiro! 


     É isso mesmo, tudo tem dois lados. Hoje estou aqui para alertar aqueles que pensam em praticar Yoga com seriedade, ou que começaram a praticar há pouco tempo, dos riscos que estão correndo. Leiam com atenção e tirem suas próprias conclusões sobre se isso é algo que você pretende continuar a fazer ou não.


     Você começa a enxergar a vida de outra forma. Uma forma mais relaxada, consciente e feliz. E isso, aos olhos das outras pessoas, faz com que você talvez pareça um louco. Essa história de gratidão, consciência, vida simples… você vai virar um peixe fora d’água. É sério, estou falando isso pro seu bem. E o pior é que você entende porque as pessoas não te entendem. E isso, ao invés de melhorar, só piora a situação, pois te torna ainda mais estranho aos olhos dos outros.

     Você naturalmente passa a fazer escolhas mais saudáveis, porque começa a perceber com clareza quais são aqueles hábitos que fazem bem e aqueles que fazem mal. Você não vai mais curtir exageros, porque cuidar da sua saúde passará a ser prioridade. Aquela cervejinha de todo fim de semana até altas horas talvez não soe mais tão atraente. Aquela festa de camisa, aquele churrasco de família então… Pode ter certeza de que se você for, vão ficar falando sobre o quanto você está diferente, e se não for, certamente será a pauta do dia. Terá que se acostumar a isso!

    Você vai ficando mais forte e flexível, tanto física quanto mentalmente, e uma vez que se conquista isso, é muito difícil voltar atrás. Então, eu lhes digo, muito cuidado ao entrar nesse caminho. As pessoas vão falar sobre isso, sobre o quanto você anda “metido”, só porque a sua auto estima está lá em cima e tem energia de sobra, mesmo que não fique se exibindo por isso.

     Você começa a perceber que precisa de cada vez menos pra viver, e por isso, passa a buscar uma vida cada vez mais simples. Isso é perigoso, porque não movimenta a economia, não é bom para o país… Talvez o governo resolva ir atrás de você, pra saber se está fazendo algo ilegal. Talvez você receba ligações do banco, porque o seu padrão de consumo está mudando (para menos). Ter que lidar com tudo isso pode ser realmente muito chato, afinal, como é que você vai se defender? “Não, sr. Fulano, eu estou bem sim, só estou mudando minhas prioridades, sabe, percebi que não preciso de tudo o que eu gastava antes pra viver…” Oi? Não precisa gastar tanto pra viver? Em que mundo você vive?

     Você se torna uma pessoa mais amorosa e feliz. É, amigos, talvez esse seja o motivo principal. Isso prejudica a vida social, simplesmente porque quando você estiver em um grupo onde as pessoas estejam mal-humoradas e/ou reclamando da vida, você não vai ter assunto, ou então vai ficar tentando mostrar pra elas o lado bom das coisas, e isso pode deixa-las extremanente irritadas. Conheço pessoas que tiveram sérios problemas de bullying por causa disso… Só porque eram otimistas demais ou porque simplesmente não conseguiam ficar de mau humor.

     Pois é, então se você não quer ser essa pessoa, esqueça esse negócio de Yoga, porque isso não é pra você. Fuja do tapetinho. Quando ouvir alguém entoando o mantra OM, tape os ouvidos e saia correndo. Estou avisando, esse é um caminho sem volta. Depois não diga que não lhe avisei.


Texto de Daniela Navaes
Retirado de http://respire.blog.br/5-motivos-para-nao-praticar-yoga/

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Bhagavad Gita

     O Bhagavad Gita é uma parte de um grande épico Hindu chamado Mahabharata e coloca em
destaque o diálogo entre duas personagens: Arjuna e Krishna. É um texto que trata da batalha de todos nós no nosso dia a dia, nossas diferenças a serem vencidas, nossos maus e bons hábitos coexistindo e tentando um equilíbrio, nossas dificuldades no "caminho" espiritual, e essa batalha é representada por Arjuna, o homem em evolução. E seu guia para vencer essa batalha é Krishna, que no meio da batalha ensina a Arjuna o YOGA.
     
     A cena onde acontece o Bhagavad Gita é um campo de batalha entre dois exércitos, sendo eles, em simbologia, os nossos bons e os nossos maus hábitos. Arjuna e seus irmãos são os Pandavas (virtudes, qualidades, bons hábitos) e lutam contra o exército dos Kauravas (maus hábitos, deméritos) liderado por seu primo Duryodhana.

     Arjuna se vê em frente de uma batalha contra sua própria família, se recusando então a lutar, e é aí que Krishna começa a explicação do YOGA, com base no Sanatana Dharma (Hinduismo), onde ele mostra que a Vida não morre, que somos a Vida que sustenta toda nossa existência, e que então Arjuna, como um guerreiro deve cumprir seu papel.

     Esta família que Arjuna hesita em matar no combate, nada mais são do que forças que existem dentro da própria natureza humana, e que devem ser mantidos sob controle.

    E à partir de então Krishna vai direcionando Arjuna nesta busca de evolução, passando por diversos aspectos materiais, mentais, emocionais e espirituais.

     A guerra de Kurukshetra (local da batalha) descreve a luta final da alma para se desvincilhar de Maya (ilusão). Esta guerra ilustra o combate que todo aspirante espiritual, cedo ou tarde, enfrentará.

     Este é um texto simples de ler, mas nem sempre simples de compreender. É aconselhável que seu estudo seja feito com quem já o estudou com seriedade.

     Fique também atento às traduções, pois dependendo da linha de YOGA do tradutor, pode ser tendenciosa à esta linha, seja crítico.

     Uma sugestão é o Bhagavad Gita da editora PENSAMENTO, que apenas traduz sem notas do autor.



Juliana Romera 



     


domingo, 12 de abril de 2015

Quais são as ações desse asana?

     Para os praticantes de Iyengar Yoga os alinhamentos são essenciais nos asanas, mas nem sempre sabemos quais ações fazer em cada asana. 
     Porém a resposta é simples, tirando algumas exceções, os alinhamentos de Tadasana (postura da montanha) permanecem inalterados.
     Seguem então algumas das ações que devemos realizar em Tadasana, e quanto mais destas ações você conseguir realizar sem tensão, mais você vai sentir a estabilidade desta postura.

1- Dedos dos pés afastados e Hasta Pada (contração da sola do pé)
2- Maléolos internos e grandes artelhos unidos.
3- Panturrilhas girando para fora
4- Patelas para cima
5- Coxas girando para dentro
6- Coxas anteriores na direção das coxas posteriores
7- Osso púbico para cima, pele dos glúteos para baixo
(as ações 5,6 e 7 fazem Mula Bandha - elevação do assoalho pélvico - e não contração do esfincter)
8- Esterno para frente e para cima (mas sem projetar as costelas para frente (isso fará você perder a ação do osso púbico para cima)
9- Ombros girando para trás e para baixo
10 - Escápulas de unem, se movem para baixo e para dentro do corpo
11- Bíceps girando para fora, antebraço para dentro
12- Braços fortemente estendidos, direcionando a ponta dos dedos para o chão 
13- Queixo paralelo ao chão
14- Cabeça levemente para trás, fazendo com que a parte posterior da cabeça se alinhe com a coluna

Existem mais ações, mas basicamente estas compõem o Tadasana.

     Mas como levar essas ações para um Trikonasana por exemplo? Você deve observar cada parte do seu corpo e ver se os alinhamentos de Tadasana estão presentes (claro que as articulações estarão em outras posições, mas os membros tendem a manter estes alinhamentos).
    Experimente, se ajuste, se alinhe, e você verá que as posturas tendem a ter menos esforço, menos tensão, mais leveza e firmeza.
  

"Pratique e tudo virá!"   (Pattabhi Jois)


Juliana Romera


terça-feira, 31 de março de 2015

YOGA SUTRAS de Patanjali

     O Yoga Sutra de Patanjali é um texto bastante estudado no yoga. É um texto dividido em 4 capítulos, o primeiro fala sobre o que é o Yoga, o segundo sobre a prática, o terceiro sobre a evolução que você deve estar percebendo com a prática e o último fala sobre a libertação que o yoga proporciona.

     Podemos estudar apenas os 4 primeiros sutras que entenderemos a essência do Yoga.


1.1 Atha Yogánushásanam
Agora começa o Yoga

1.2 Yoga Chitta Vritti Nirodhah
Yoga é a diminuição das oscilações/flutuações/turbilhões da mente

1.3 Tadá Drashtuh Svarupe Vashthanam
Neste estado o Observador repousa em Sua própria natureza

1.4 Vritti Sarupyamitaratra
Em outro estado há a identificação do Observador com o objeto observado


     Patanjali começa com o sutra "Agora começa o Yoga". A palavra ATHA (traduzida aqui como AGORA) trás uma informação de que todo o conhecimento já foi aprendido, vivido e agora será explicado. Pode ser considerado como uma "reinstrução" de algo que nós, em essência, já sabemos, e está na hora de colocar em prática.
     Em seguida, Patanjali no segundo sutra, trás uma definição do Yoga, ou o objetivo do Yoga, dizendo que é a diminuição/inibição das flutuações mentais. "CHITTA" envolve mente, intelecto, percepções, etc, enfim, tudo que se refere à mente, então, sua inibição ou supressão não pode ser mental, pois a mente não pode acalmar/controlar a própria mente, o Yoga te trás ferramentas para essa inibição ser possível.
     VRITTI quer dizer vértice, rodamoinho, turbilhão. Nossos desejos e apegos não fazem os pensamentos flutuarem na mente, na realidade o nosso pensamento fica gravitando nestes desejos/apegos como rodamoinhos e assim estes pensamentos ficam incessantemente em torno do ego, perturbando CHITTA.
     NIRODHAH não significa inibição e sim intervalo. Entre os pensamentos existem intervalos, porém a agitação da mente não nos permite perceber que um pensamento termina e outro começa. Este intervalo entre os pensamentos é Nirodhah, e neste momento que o que você está se aproxima do que você é, e a dualidade cessa.
     O próximo sutra mostra que quando esta agitação mental existe esta percepção de não dualidade não acontece, então nós nos identificamos com o que estamos, e aí o sofrimento acontece. O Observador não se envolve com as experiências, apenas observa. Esta identificação com os acontecimentos gera o apego ao corpo, medo da morte, desejos, etc... enfim, geram o sofrimento.
    O Yoga nos dá ferramenta para lidar melhor com estes sofrimentos, se eu consigo não me identificar com eles eu entendo melhor os acontecimentos, e sofro menos.


"Se Deus existe ou não, não importa. O sofrimento existe, e este deve ser evitado"
                                                                                                      Kapila
     








segunda-feira, 2 de março de 2015

Porque beber água morna com limão pela manhã?

   
     O jeito de inciar o dia é extremamente importante. Independente se você tem muito ou pouco tempo pela manha , aquilo que você faz pela manha pode ter grande impacto no seu dia.

     De acordo com a Medicina Ayurvédica, um dos sistemas medicinais mais antigos da humanidade, as escolhas que você faz diariamente podem te deixar muito doente ou muito saudável. Basicamente somos um produto das nossas escolhas e dos nossos hábitos.

     O Ayurveda nos convida a começar o dia focando em rituais de saúde que nos ajudam a alinhar os ritmos do corpo, balançar os nossos doshas e alimentar a nossa auto-estima par a par com a nossa disciplina. Eliminar o ontem para começar o hoje, realizar limpezas internas, físicas e mentais.

     A sua mente pode te mandar checar e-mails, facebook, ficar até o último minuto na cama e se arrumar correndo e ir para o trabalho correndo mais ainda, ou até te dizer que você não tem tempo suficiente para cultivar rituais matinais. Porém, se você tirar tempo para fazer este único ritual, sua saúde pode melhorar muito em geral... Uma dica extremamente rápida e muito valiosa:


INICIE SEU DIA COM UMA XÍCARA DE ÁGUA MORNA COM UM LIMÃO ESPREMIDO !


Conheça alguns dos benefícios deste simples ato:

1. Fortalecer o sistema imunológico
     Limões são ricos em vitamina C e potássio. Vitamina C é fantástica em dar golpes em gripes e resfriados e o potássio estimula funções cerebrais e nervosas, além de controlar a pressão sanguínea.

2. Ajuda a equilibrar o PH corporal
     Limão é um alimento altamente alcalinizantes, acredite ou não. Eles podem ser ácidos por si sós, mas quando entram no nosso corpo, eles viram alcalinos. Para um estilo de vida saudável, um corpo alcalino é uma grande arma para manutenção de uma boa saúde. Inclusive na cura e prevenção de câncer.

3. Auxilia na perda de peso
     Limões são ricos em pectina, que ajuda a combater a vontade de comer descontroladamente. Estudos também mostram que pessoas que mantém uma dieta mais alcalina perdem peso mais rápido.

4. Ajuda na digestão
     A água morna estimula o sistema gastrointestinal e o peristaltismo (movimentos que acontecem dentro do intestino, ajudando na eliminação). Limões são ainda ricos em minerais e vitaminas que ajudam a eliminar toxinas do sistema digestivo.

5. Atua como um diurético gentil e natural
     O suco de limão ajuda a eliminar todos as toxinas e de que o corpo não necessita, porque os limões aumentam a capacidade de urinar do corpo. Esse lixo tóxico são liberadas mais rapidamente, mantendo o sistema urinário saudável.

6. Limpa a pele 
     A vitamina C ajuda a diminuir rugas e manchas. A água com limão expulsa toxinas para fora do sangue auxiliando também nessa limpeza.

7. Hidratação do sistema linfático
     Uma xícara de água morna com limão ajuda a começar o seu dia prevenindo a desidratação. Quando seu corpo esta desidratado ele não consegue funcionar direito, o que acaba causando acumulo de substancias toxicas, stress, constipação, e outros. Causa ainda fatiga das glândulas supra renais, que são duas pequenas glândulas que ficam acima dos seus rins, e que junto com a tireoide, criam energia. Elas secretam hormônios importantes, incluindo o aldosterona. O aldosterona, é um hormônio que é secretado pelas glândulas que controlam os níveis de água e a concentração de minerais, como o sódio, ajudando o seu corpo a se manter hidratado. Elas ainda são responsáveis por regular suas reações perante situações de stress.


Adotando esta simples habito de beber um copo de água morna com limão diariamente por um mês , pode mudar radicalmente sua experiência diária. Não se surpreenda se suas manhas se encherem de disposição e energia.


RECEITA:
1 xícara de água morna (não quente) e suco de meio limão.
Dê preferência em aquecer a água no fogo e não no microondas.


Juliana Romera
www.yoganoabc.com

Traduzido em 02/03 de: 
http://www.mindbodygreen.com/0-4769/Why-You-Should-Drink-Warm-Water-Lemon.html

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

15 Dicas para viver uma vida mais consciente, plena e equilibrada:

1. Todos nós ao nascer, ganhamos um espelho. Este espelho é, então, colado no nosso peito. E assim vivemos toda a nossa vida, refletindo o outro e vendo no (espelho do) outro o nosso reflexo. Hermann Hesse disse : “ Se você odeia uma pessoa, odeia algo nela que faz parte de você. O que não faz parte de nós não nos incomoda.”
Viver considerando isto, vai desenvolvendo nossa compaixão, nossa tolerância, nossa empatia e nossa solidariedade para com as nossas fraquezas e dificuldades e as dos outros.

2. Cem por cento do que somos e vivemos (inclusive o que supomos ser acidentes) é fruto de nossas escolhas e opções. Conscientes ou inconscientes. Desta ou de outras vidas.
Viver consciente disto desenvolve nosso discernimento e nossa responsabilidade para com a vida, com as pessoas e com nossas atitudes.

3. Livre-se da culpa. A única função da culpa é manter sua auto-estima baixa (por isso algumas religiões fomentam a idéia da culpa para assim manter poder). Transmute a culpa por responsabilidade. Ninguém é culpado de absolutamente nada, mas todos são completamente responsáveis por tudo.
Viver assim te torna mais atento e cuidadoso para com toda a existência.

4. Desenvolva a aceitação. Sempre que entramos em contato com alguma dificuldade ou fraqueza nossa, através de alguém ou de alguma circunstância, normalmente o primeiro impulso da mente/ego é: ou nos defendemos, negando e resistindo a entrar em contato (muitas vezes entrando na irritação e na revolta, geralmente imputando a culpa a alguém ou a alguma coisa), ou entramos na condição de vítimas, mergulhando na baixa auto-estima.
Aceite sua natureza humana como ela é e aceite também a sua sombra. Entenda que você está aqui na Terra para aprender e expandir sua existência. Um Mestre hindu falou: “Errar, ter defeitos, falhas, fraquezas, é seu direito. Trabalhar para transmutar isso tudo é seu dever”.

5. Tudo no Universo tem duas polaridades : yin/yang, masculino/feminino, positivo/negativo, etc. As emoções e os sentimentos também tem duas polaridades: o outro lado da tristeza é a alegria, do medo é a coragem, da raiva é a energia de realização, do ódio é o amor e o perdão, da ansiedade e da angústia é a calma e o centramento, da baixa auto-estima é a confiança em si mesmo, enfim, nosso grande trabalho de transmutação é estar constantemente reequilibrando estas polaridades. Os hindus diriam que devemos estar sempre transmutando Tamas e Rajas em Sattwa, isto é, trazendo sempre os pensamentos, sentimentos e atos densos , limitadores e negativos, para as freqüências mais sutis.
Viver assim economiza um bocado de energia. Considerando que tudo na vida é passageiro, é mais inteligente procurar mudar a polaridade das coisas e dar a volta por cima do que ficar naufragando constantemente nos mesmos padrões psico-emocionais.

6. Desenvolva a neutralidade e a observação. Os índios chamam isto de “visão da águia”: sair voando de dentro do burburinho dos eventos e, de cima, com uma perspectiva ampla, observar os acontecimentos sem identificação ou julgamentos. Ou, em outro exemplo: sair de dentro do rio caudaloso de nossa vida - onde estamos imersos até o pescoço - sentar na margem e observar. Quando dentro do rio, imersos até o pescoço, qualquer ondinha nos parece um vagalhão, mas quando nos sentamos à beira do rio, a ondinha novamente vira ondinha, e aí podemos ter uma perspectiva mais correta e um envolvimento menos sofrido com as coisas.
Isto desenvolve uma profunda consciência da relatividade dos pontos de vista e, por conseguinte, o redimensionamento da nossa identificação e envolvimento com a transitoriedade da vida.

7. Evite as comparações. Lembra do “jardim do vizinho é sempre mais bonito” ? Ledo engano! Grande armadilha! Mal sabemos que o vizinho ao olhar nosso lado também pensa a mesma coisa sobre algum aspecto de nós...
Considerar este fato, te livra do peso dos julgamentos alheios e te torna mais centrado em teu próprio eixo.

8. Os hindus dizem que todas as doenças que existem - sejam físicas, emocionais, psíquicas ou energéticas - derivam, de uma forma ou de outra, de uma única doença: a ignorância de nossa natureza real, a Unidade (eles chamam esta ignorância de avidya e a Unidade de Brahman).
Toda a criação é uma grande web onde tudo é interagente, interdependente e holográfico. Realmente não estamos irremediavelmente presos a tempo e espaço e às três dimensões (não só as antigas tradições, mas a física quântica atual afirmam amplamente esta questão). Considerando nossa natureza una, saiba que não há nada fora de você que você precise obter que já não tenha. Está tudo dentro de você, todo o Universo. Você apenas precisa relembrar sua natureza original, que está pulsando em cada partícula do Universo, em cada pessoa, em cada ser de cada reino. Todo amor, paz e felicidade já estão dentro de você, sempre.
Você decididamente não é um pecador. Você não é uma pedra bruta que precisa ser lapidada. Você já é uma jóia pronta, maravilhosa, só que recoberta pela poeira desta ignorância primordial.
Passar a considerar estas verdades milenares em nossa vida cotidiana desenvolve nossa co-participação consciente no Universo nos seus mais diversos níveis de existência.

9. Todo o Universo é consciente ! Cada pessoa, cada animal, cada planta, cada pedra, cada célula, cada átomo, cada galáxia... A consciência não é um privilégio do cérebro humano, que é apenas um dos veículos onde esta Consciência se expressa. Esta é a chamada onipresença e onisciência de Deus. Os índios têm formas sofisticadas de entrar em contato e interagir com a consciência subjacente à Natureza.
Viver considerando este fato torna tua vida muito mais respeitosa, consciente e responsável.

10. Quando a vida nos apresenta algum evento desconfortável, algum obstáculo ou algum confronto, normalmente o que é acionado em nosso corpo/mente é o “automático” lutar ou fugir. A adrenalina está sempre pronta para desencadear ação. Mas a verdade é que na maior parte das vezes não seria necessário lutar nem fugir, bastaria relaxar e observar, e a partir daí agir com consciência, ou então deixar os acontecimentos se desenrolarem naturalmente. Vamos investir mais nas endorfinas! Faça Yoga ou TaiChiChuan!
Desta forma, em todos os níveis e setores da nossa vida, podemos integrar firmeza e simultaneamente relaxamento – só firmeza gera rigidez e só relaxamento gera moleza !

11. Adote a pergunta : “O que é que eu tenho que aprender com isso?”. Todas (todas mesmo) as coisas que nos acontecem, vem para nos ensinar. A vida está sempre fazendo suas arrumações para que possamos aprender e evoluir. Por isso alguém já disse: “cuidado com o que você deseja pois pode acontecer!”. Nós costumamos achar que quando pedimos à Deus alguma virtude, Ele vai milagrosamente introduzir esta virtude em nossa mente e de repente ficamos pacientes, ou disciplinados, ou tolerantes. Provavelmente o que a vida fará é te proporcionar situações que vão te fazer desenvolver aquela virtude. Se você pediu paciência, provavelmente vai atrair pessoas que vão te fazer perdê-la, e aí é que estará o seu aprendizado.
Então, sempre que as pessoas ou as circunstâncias te trouxerem desconfortos ou incômodos, ao invés de se revoltar, se ofender ou se entristecer, ou ainda, achar que a culpa é do outro, pergunte à Vida o que esta situação está te obrigando a trabalhar, que virtudes e qualidades você está tendo que desenvolver para lidar com isso de forma harmônica e equilibrada.
Este procedimento com certeza vai aumentar enormemente a qualidade de nossa consciência e a conseqüente percepção dos movimentos da vida e do seu sentido.

12. Gastamos grande tempo mental ficando angustiados por um passado que não podemos mais mudar e/ou ficando ansiosos por um futuro que ainda não chegou. Outra grande parte, ainda, gastamos sonhando acordados, delirando os nossos sonhos e desejos. E aí duas coisas ocorrem: uma: sobra pouco tempo para a consciência do aqui-e-agora, o presente, que é onde efetivamente a vida acontece; duas: quando precisamos da mente para as coisas que ela foi feita para funcionar – a nossa vida humana diária – esta mente tem dificuldade em se concentrar, em estar presente, inteira, poderosa, centrada.
Concentrando-nos no presente desfrutamos mais da vida. A meditação é um ótimo treinamento para aprender a viver no presente, nos livrando das pré-ocupações e desenvolvendo uma mente verdadeiramente eficiente.

13. Infelizmente, ainda vivemos sob a ideologia do “ganha-perde”, ou seja, temos muito incutida em nossa cultura a idéia de que para se ganhar alguém precisa perder. É assim que se construiu, por exemplo, o sistema capitalista. Também é seguindo esta filosofia que está-se destruindo nosso planeta. E é desse ganha-perde que estão impregnadas as nossas relações (lembra da lei de Gérson?). Não só no sentido profissional e financeiro, mas também no emocional e no afetivo.
É urgente reimplantar-se o “ganha-ganha” nas relações interpessoais e nas relações do homem com a Natureza. Não existe nenhuma possibilidade de ganho real para nada nem ninguém, em nenhum setor da vida, se este ganho for obtido em detrimento da perda de alguém ou de alguma coisa. Na visão oriental, o Karma Yoga é a técnica que visa reeducar o homem e a sociedade para a verdadeira forma de ganhar.
Este procedimento simples pode transformar toda a perspectiva que temos em relação à vida, entendendo e vivendo na prática a grande lei universal de causa e efeito.

14. Atente para a sincronicidade. Uma escritura hindu diz : “Nenhuma folha de grama se mexe sem uma razão”. Nada é casual, mas tudo é intrinsecamente causal. Um outro Mestre disse : “nós falamos com Deus através da oração, e Ele nos fala através da sincronicidade”. O Dr. Jung percebeu que era esta qualidade da Criação que fazia com que as artes divinatórias (I Ching, Tarot, Runas, Búzios) funcionassem. Todo o Universo é Um, portanto tudo é interrelacionado. E a Lei do Karma é quem disciplina este interrelacionamento. Atente para os sinais! O tempo todo o Universo está interagindo com você!
Estar atento à sincronicidade desenvolve a intuição e a expansão da percepção do movimento consciente e multidimensional do Universo.

15. E finalmente – e sobretudo - “não faças aos outros o que não queres que te façam” ainda é a regra de ouro.
Viver integralmente assim te torna efetivamente consciente, pleno e equilibrado.


Ernani Fornari
Dharmendra

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Erros que devem ser evitados na prática de Yoga

     Podemos praticar Yoga há um certo tempo, e como sabemos se a prática está nos beneficiando? Como sabemos se estamos aproveitando ao máximo nossa prática? Tendemos a colocar a prática no piloto automático, achando que por já "saber" realizar o asana, ele não precisa de tanta atenção. Esse é um erro muito comum, e todo praticante já deve ter passado por isso. Esse piloto automático tira nossa consciência da prática, física e energeticamente.

     Com a consciência total na prática, evoluímos sempre, como dizia Iyengar, o ponto que você parou ontem, deve ser como você inicia hoje. Veja alguns erros comuns, que tiram essa consciência da sua prática. Se observe e melhore seu yoga.

1- Mente que divaga
Mantenha sua atenção na prática. É comum a mente divagar durante ela, mas você deve se policiar com isso. Uma prática consciente te proporciona um outro estágio de prática, diferente de apenas alongar e fortalecer os músculos, o que acontece quando você faz os asanas sem atenção total.

2- Prática inconstante
Citando Patanjali nos Yoga Sutras (1:14) "A prática se torna firme quanto for praticada ininterruptamente e com devoção por um período prolongado". O Yoga deve ser praticado, sem esperar resultados, a prática constante trás benefícios muitas vezes invisíveis. Procure manter uma rotina constante, mesmo que pequena.

3- Passar dos limites
Os asanas utilizam seu corpo, e este tem limitações (temporárias ou não). A pratica consciente te proporciona saber onde está sua limitação real, e você "melhora" sem passar do ponto e se machucar. Observar-se na prática trás esta consciência, porém ela requer os dois passos anteriores, eu preciso praticar constantemente e conscientemente, para entender meu corpo. Enquanto você não tem este conhecimento do seu corpo, muitas vezes menos é mais.

4- Se comparar
Lembre-se que a prática é pessoal e que cada corpo é um corpo. Comparar-se com os outros alunos é o pior erro, que induz a duas situações desfavoráveis ao yoga: ou você se rebaixa, vendo que os outros são "melhores" do que você e às vezes até desiste do yoga, ou você se sente melhor do que os outros, fazendo seu ego cair nesta armadilha. Em ambas as situações não existe consciência na prática. Se você está observando o asana alheio, você não está observando o seu.


"Pratique e tudo virá!" (Pattabhi Jois)



Juliana Romera