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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Existência e Não-Existência

Texto de www.vedantaonline.org
nāsato vidyate bhāvo nābhāvo vidyate sataḥ ।

ubhayorapi dṛṣṭo’ntastvanayostattvadarśibhiḥ ॥ 2 – 16 ॥

Este verso de ensinamento de Krishna para Arjuna, presente na Bhagavad-Gita, é a prova final de que ler Vedanta sem a explicação de uma tradição de ensino é tão produtivo quanto enxugar gelo. É uma perda de tempo frustrante.

E isso não se deve ao fato de que o verso está em sânscrito. Mesmo em português ele é ininteligível. Parece que foi Shankaracharya, se não me falha a memória, que disse que uma pessoa não deve ousar estudar Vedanta sozinho, mesmo que seja um grande gramático.

Vejamos porque isso é de fato verdade. A primeira linha do verso diz, em português: “Para o que não existe (asataḥ) não há (na vidyate) existência (bhāvaḥ), e para o que existe (sataḥ) não há (na vidyate) não-existência (abhāvaḥ)”. Trocando em miúdos: o que não existe não existe, e o que existe existe!

Em lógica, isso é chamado de tautologia, uma redundância que nada diz. Como você iria entender alguma coisa nova sobre esse verso simplesmente lendo-o? Nada, absolutamente Podem até acusá-lo de ser bobo, infantil. Todos sabemos que o que existe existe e o que não existe não existe.

Acontece que Krishna está ensinando algo muito importante nesta passagem, praticamente tudo o que há para ser entendido sobre Vedanta. Ele está falando sobre satyam e mithya.

Satyam, verdade, significa aquilo que sempre é, existindo por si mesmo e independente de qualquer outra coisa para ser. Mithya, ao contrário, é o falso, aquilo que existe apenas momentaneamente e, mesmo nessa efêmera existência, deve sua existência a alguma outra coisa que lhe empresta, digamos assim, o ser.

O exemplo clássico para entendermos isso é o pote de barro. O pote é mithya: foi criado num dado instante do tempo a partir do barro, irá certamente se desintegrar com o passar do tempo “voltando” a ser barro e, mesmo enquanto está existindo, exposto na feira hippie do barro, sua existência é somente a existência do barro: o peso do pote é o peso do barro. A cor do pote é a cor do barro. A textura do pote é a textura do barro, e assim por diante. Nada pertence realmente ao pote. Ele é só uma existência aparente, um nome; um conceito para o qual não existe nada de substancial associado.

O barro, por sua vez, existia antes do pote ser criado, existe durante a permanência do pote, e continuará sendo o mesmíssimo barro depois que o pote quebrar. O barro, com relação ao pote, é satyam.

Krishna diz a aparente tautologia que “para o que não existe não há existência” porque nós, ignorantes em termos de realidades, achamos que o pote ou qualquer outra coisa que vemos existe, tem realidade. Isso é errado, porque o pote que dizemos existir nunca possuiu de fato existência alguma: o que existiu foi sempre e somente o barro. Atribuir existência ao pote é um erro ontológico, um erro de visão da realidade.

Curiosamente, entretanto, como a fala expressa nosso entendimento, falamos de forma invertida, dando a entender que o pote é uma substância e o barro, a verdadeira substância, é um atributo do pote substancial. Dizemos “pote de barro” quando, na verdade, se fôssemos ser ontologicamente rigorosos, deveríamos dizer “barro de pote”, ou qualquer coisa assim.

Mas, afinal, por que Krishna está falando essas coisas, logo no começo da Gita? Porque Arjuna não queria lutar, dizendo que iria matar, que iria morrer. Ele não queria cometer essa ação terrível. Krishna, portanto, está lhe explicando: “Ei, Arjuna, me escute: aquilo que morre já não possui existência alguma, já está “morto”. E, quanto ao que realmente existe, não se preocupe: você não será capaz de matá-lo nem mesmo com as suas infinitas flechas encantadas com o poder de terríveis mantras. Por isso, vá lá e lute, cumpra o seu dever e pare de imaginar coisas!”

A segunda parte da fala de Krishna diz: “E para o que existe (sataḥ) não há (na vidyate) não existência (abhāvaḥ)”. Se algo pode deixar de existir no futuro, isso significa que ele não existe mesmo agora, como o pote. O que existe, existe sempre, nos três períodos de tempo i.e., passado, presente e futuro. “Nunca houve um tempo em que nós e todos estes reis aqui presentes não existiram, Arjuna. E nunca haverá um tempo em que eles não existirão” – diz Krishna, a certa altura, para inspirar o seu aluno guerreiro.

É claro que Krishna não está falando, na passagem citada, do corpo, que está destinado à morte certa assim que nasce. Para o corpo, que não existe, nunca há existência. Krishna está apontando para a natureza do indivíduo, aquilo que nunca se modificou e é o responsável pela própria identidade de uma pessoa, pela sua noção inalterada e sempre presente de “eu”.

Quando você se reconhece em uma foto antiga, de 20 anos atrás, quando era uma criancinha gorducha e feliz, você diz: “Ah, como eu era bonitinho. Tenho saudade daquela época”. Obviamente, para se identificar com aquele corpo de criança completamente diferente do corpo que você tem agora, existe algo que não mudou durante a mudança completa do corpo durante as décadas. Esse eu – que nunca desaparece e que é a testemunha imutável de todas as modificações – esse eu não pode matar, porque é mais sutil do que tudo. “O fogo não pode queimá-lo, nem o ar secá-lo, nem a água molhá-lo” (2-23) – diz Krishna, porque a consciência, natureza do eu, permanece sempre intocada, sendo a base real da qual tudo deriva existência, assim como o barro é a base real da qual o pote deriva seu suposto ser, de modo que o pote – por mais que quisesse do fundo do seu coração e contasse com a ajuda total e irrestrita de todo o panteão de Deuses hindus e não hindus – não pode tocar o barro ou ameaça-lo sob nenhuma hipótese. Tal é a independência do sujeito com relação a tudo que “existe”. Tal é a sua liberdade e a sua grandeza.

Portanto, tendo essa visão da realidade, logo no primeiro verso de ensinamento Krishna estabelece o postulado que provará de trás pra frente e de frente pra trás, durante toda sua fala, até o final da Gita: “ashocyan anvashocastvam – você sofre por aquilo que não merece sofrimento, Arjuna” (2-11), porque quem conhece sabe: “Quando o corpo morre, o eu não morre (2-20)”. Nada morre ou deixa de existir. O que existe, existe, e não deixará de existir, e o que não existe, não existe, e nunca virá a existir. Qual é, então, o problema? Apenas lute!


Retirado em 27/04/16 de https://www.vedantaonline.org/existencia-e-nao-existencia/

sábado, 13 de junho de 2015

5 Pensamentos Que Te Deixarão Instantaneamente Mais Feliz


     Eu quero ser feliz, você quer ser feliz – todos querem alcançar esse estado de felicidade misterioso.

    Felicidade conecta todo o universo. As ações e motivações de cada ser humano vivo são movidas pelo desejo de felicidade. Mas o que diferencia as pessoas verdadeiramente felizes de outras é que essas fizeram a escolha consciente de serem felizes.

    As pessoas felizes aprenderam que a felicidade começa com nós mesmos. Especificamente, ela brota de nossos pensamentos.
  
    Com apenas alguns pensamentos, você também pode se juntar à tribo de pessoas felizes em todo o mundo! Comece com estes cinco:

1. Isto também passará


     Quando estamos no meio de uma emoção ou situação poderosa, a vida pode parecer triste e sem esperança. Quando a vida te empurrar para baixo – se estiver com o coração quebrado, ego ferido, ou dúvidas – você pode contrariar quaisquer pensamentos negativos com um pensamento positivo: Isto também passará.

     Este pensamento te leva a permanecer fora da emoção ou situação negativa, e cria espaço para ver a luz no fim do túnel. Eleve sua sabedoria: A vida está em um constante estado de fluxo, e tudo vai passar.

2. Você não está sozinho


     É comum mantermos nossos pés presos em lugares mentais profundos e escuros. Ao lidar com doenças, divórcio, morte ou declínio, é fácil ser consumido por sua dor, e é fácil sentir como se ninguém jamais tivesse ficado tão ruim quanto você está no momento. Adivinhe? Outra pessoa já se sentiu assim – praticamente todo ser vivo já teve essa emoção em um momento ou outro.

      Você nunca está sozinho.

     As emoções são como tempestades. Não importa quão escura e turbulenta, elas vão passar e céu ensolarado vai se abrir novamente.

3. Outras pessoas têm boas intenções


     É fácil pensar o pior dos outros. Eu já fiz isso, mas na verdade era apenas minha própria mente sendo pessimista e negativa. Esse pessimismo me levou a um estado mental desagradável.

      Tente pensar sobre outros com uma luz positiva.

     Suponha que eles têm boas intenções. Aprecie e saboreie suas relações e o amor que você tem dado e recebido de outros.

4. Há um lado bom em cada situação


     Mudar sua perspectiva pode fazer maravilhas a seu humor e ao estado de espírito daqueles que o cercam. Vamos dizer que você deve passar o dia inteiro dirigindo a contragosto para um compromisso distante. Ao invés de resmungar o caminho todo, olhe para o lado positivo. Pode ser um belo dia para dirigir! Aproveite o ar fresco e ouça alguma música.

      Há sempre um lado positivo.

      Então, encontre-o e expulse os pensamentos negativos. A felicidade é aqui agora. Na verdade, ela nunca esteve em qualquer outro lugar. Limpe as nuvens escuras de tempestade, e redescubra o céu azul brilhante que está escondido.

      Sorria. Não é assim tão ruim.

5. Desacelere e respire


     Na verdade, diga isso em voz alta em sua cabeça várias vezes ao longo do dia.

     Desacelere e apenas respire.

    Precisamos deste lembrete constante. Concentre-se em uma coisa de cada vez, tente vivenciar cada momento com sua atenção e presença. Sem respiração consciente, sua vida vai se tornar cheia de ansiedade e agitação. Faça de seus dias, constantes meditações.



Retirado de:
http://thesecret.tv.br/2015/05/5-pensamentos-que-te-deixarao-instantaneamente-mais-feliz/ 
em 06/06/15

sábado, 6 de junho de 2015

As Três Simples Verdades da Vida


1. Se você não for atrás, não irá conquistar


Você   escolhe   se    seus    sonhos    se  tornarão realidade.   Isso  acontece  através  do  foco  no trabalho,  persistência e  de  conseguir visualizar de forma holística todo o seu meio.

Uma vida inimaginável aguarda quem consegue determinar que o único responsável pelas suas conquistas seja ele mesmo. E que a culpa das coisas que deixaram de acontecer ou deram errado é também dela mesma.

O que te faz sentir-se bem é se manter no caminho das paixões e não se arrepender de fazer algo só porque parece ser assustador no momento.

Dizer o que você realmente sente, ser ousado nas suas atitudes ressoam também nas suas conquistas. A diferença entre a vontade de chegar à algum lugar e realmente estar nesse lugar é o como você escolhe avançar para atingir o objetivo.

Celebridades, estrelas e pessoas que conseguiram atingir suas metas se dedicaram e trabalharam muito duro para isso. Hoje muito se escrevem canções ou até mesmo fazem filmes sobre como atingir seus sonhos, é clichê sabemos, mas o verdadeiro segredo do sucesso é ser determinado e ir atrás!

2. Se você não perguntar, a resposta sempre será não


Todos nós já passamos por aqueles momentos que queríamos perguntar ou pedir algo, mas a nossa mente e os nossos pensamentos apenas nos bloqueavam de expressá-las.

A maior muralha que podemos colocar em nossas vidas é nos dizermos que não somos capazes de fazer alguma coisa sem ter tentado.

Se você não expressar a sua paixão para alguém, nunca terá essa pessoa. Se você não pedir uma segunda porção da sua comida, não a terá. Se você não tomar uma atitude, nunca conseguirá.

Expresse o que você quer e faça-a de uma maneira que as pessoas dêem resposta positiva. Se você pedir algo em um tom de exigência ou superioridade com certeza inclinará sua resposta para uma negativa. Dirija suas perguntas e ações de uma forma direta e mostrando realmente seu objetivo, isso é essencial para ter uma resposta positiva.

3. Se você não der um passo à frente, continuará sempre no mesmo lugar


Parece óbvio, mas muitas pessoas não conseguem identificar o quão isso é importante para o nosso crescimento individual e coletivo como sociedade. Nossa vida é sistematizada em um loop infinito, onde temos que trabalhar para conseguirmos viver em um planeta que é nosso. Mas como deixar apenas de existir e viver realmente da maneira que desejamos é que vem a ser o grande segredo.

As pessoas sabem quais são suas verdadeiras paixões, sabem o que querem da vida, mas mesmo assim não estão caminhando para atingir esse objetivo. Então o que estamos fazendo da vida além se só existir?

Sempre estamos em movimento quando estamos trabalhando em prol da nossa felicidade, isso pode parecer simples como tirar um cochilo ou fazer comida, mas ter essa consciência faz com que consigamos ser mais felizes e conscientes da nossa existência.

Ter a noção que precisamos nos concentrar no agora libertando todos os sentimentos que temos faz com que consigamos visualizar com uma maior perspectiva nossos objetivos e propósitos.

Conseguir visualizar de forma neutra e objetiva sua vida e os problemas que lhe ocorreram é a maneira mais eficaz de encontrar o núcleo de onde isso provém, dando a você a capacidade de mudar isso.

Então agora é com você, o que te mantém estagnado e o que te mantém em busca dos seus objetivos? Você quer só existir ou realmente viver intensamente a caminho dos seus sonhos? As respostas podem te surpreender.


Retirado de:
http://thesecret.tv.br/2015/05/as-tres-simples-verdades-da-vida/ em 06/06/15

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Erros que devem ser evitados na prática de Yoga

     Podemos praticar Yoga há um certo tempo, e como sabemos se a prática está nos beneficiando? Como sabemos se estamos aproveitando ao máximo nossa prática? Tendemos a colocar a prática no piloto automático, achando que por já "saber" realizar o asana, ele não precisa de tanta atenção. Esse é um erro muito comum, e todo praticante já deve ter passado por isso. Esse piloto automático tira nossa consciência da prática, física e energeticamente.

     Com a consciência total na prática, evoluímos sempre, como dizia Iyengar, o ponto que você parou ontem, deve ser como você inicia hoje. Veja alguns erros comuns, que tiram essa consciência da sua prática. Se observe e melhore seu yoga.

1- Mente que divaga
Mantenha sua atenção na prática. É comum a mente divagar durante ela, mas você deve se policiar com isso. Uma prática consciente te proporciona um outro estágio de prática, diferente de apenas alongar e fortalecer os músculos, o que acontece quando você faz os asanas sem atenção total.

2- Prática inconstante
Citando Patanjali nos Yoga Sutras (1:14) "A prática se torna firme quanto for praticada ininterruptamente e com devoção por um período prolongado". O Yoga deve ser praticado, sem esperar resultados, a prática constante trás benefícios muitas vezes invisíveis. Procure manter uma rotina constante, mesmo que pequena.

3- Passar dos limites
Os asanas utilizam seu corpo, e este tem limitações (temporárias ou não). A pratica consciente te proporciona saber onde está sua limitação real, e você "melhora" sem passar do ponto e se machucar. Observar-se na prática trás esta consciência, porém ela requer os dois passos anteriores, eu preciso praticar constantemente e conscientemente, para entender meu corpo. Enquanto você não tem este conhecimento do seu corpo, muitas vezes menos é mais.

4- Se comparar
Lembre-se que a prática é pessoal e que cada corpo é um corpo. Comparar-se com os outros alunos é o pior erro, que induz a duas situações desfavoráveis ao yoga: ou você se rebaixa, vendo que os outros são "melhores" do que você e às vezes até desiste do yoga, ou você se sente melhor do que os outros, fazendo seu ego cair nesta armadilha. Em ambas as situações não existe consciência na prática. Se você está observando o asana alheio, você não está observando o seu.


"Pratique e tudo virá!" (Pattabhi Jois)



Juliana Romera