sexta-feira, 17 de abril de 2015

Bhagavad Gita

     O Bhagavad Gita é uma parte de um grande épico Hindu chamado Mahabharata e coloca em
destaque o diálogo entre duas personagens: Arjuna e Krishna. É um texto que trata da batalha de todos nós no nosso dia a dia, nossas diferenças a serem vencidas, nossos maus e bons hábitos coexistindo e tentando um equilíbrio, nossas dificuldades no "caminho" espiritual, e essa batalha é representada por Arjuna, o homem em evolução. E seu guia para vencer essa batalha é Krishna, que no meio da batalha ensina a Arjuna o YOGA.
     
     A cena onde acontece o Bhagavad Gita é um campo de batalha entre dois exércitos, sendo eles, em simbologia, os nossos bons e os nossos maus hábitos. Arjuna e seus irmãos são os Pandavas (virtudes, qualidades, bons hábitos) e lutam contra o exército dos Kauravas (maus hábitos, deméritos) liderado por seu primo Duryodhana.

     Arjuna se vê em frente de uma batalha contra sua própria família, se recusando então a lutar, e é aí que Krishna começa a explicação do YOGA, com base no Sanatana Dharma (Hinduismo), onde ele mostra que a Vida não morre, que somos a Vida que sustenta toda nossa existência, e que então Arjuna, como um guerreiro deve cumprir seu papel.

     Esta família que Arjuna hesita em matar no combate, nada mais são do que forças que existem dentro da própria natureza humana, e que devem ser mantidos sob controle.

    E à partir de então Krishna vai direcionando Arjuna nesta busca de evolução, passando por diversos aspectos materiais, mentais, emocionais e espirituais.

     A guerra de Kurukshetra (local da batalha) descreve a luta final da alma para se desvincilhar de Maya (ilusão). Esta guerra ilustra o combate que todo aspirante espiritual, cedo ou tarde, enfrentará.

     Este é um texto simples de ler, mas nem sempre simples de compreender. É aconselhável que seu estudo seja feito com quem já o estudou com seriedade.

     Fique também atento às traduções, pois dependendo da linha de YOGA do tradutor, pode ser tendenciosa à esta linha, seja crítico.

     Uma sugestão é o Bhagavad Gita da editora PENSAMENTO, que apenas traduz sem notas do autor.



Juliana Romera 



     


Nenhum comentário:

Postar um comentário