quinta-feira, 27 de novembro de 2014

PSOAS - O Músculo da Alma

Texto traduzido de:



Fiquei encantada quando me deparei com um trabalho incrível de Liz Koch porque confirmou muito do que eu já havia intuído em meu próprio corpo. Comecei a abrir e fechar minha prática de yoga realizando exercícios de abertura de quadril, com a intenção específica de liberar a tensão em meus psoas e nos flexores do quadril. Eu respirava e imaginava a tensão que fluia para fora dos músculos contraídos sendo lançada como energia para o tronco.

Funcionou, eu sinto o meu corpo ficando suave e ao mesmo tempo de alguma forma mais forte.

Lendo o que Liz Koch escreveu imediatamente percebi o que estava fazendo – ao aprender a relaxar meus psoas eu estava literalmente energizando o núcleo mais profundo do meu ser para uma reconexão com a energia poderosa da Terra. Segundo Koch, o psoas é muito mais do que um núcleo de estabilização muscular, é um órgão de percepção composto de tecido bio-inteligente e “literalmente encarna o nosso mais profundo desejo de sobrevivência e, mais profundamente, o nosso desejo elementar de florescer.” Bem, eu só tinha que aprender mais. Aqui temos apenas um pedaço da pesquisa que Liz Koch e outros descobriram a respeito da importância do psoas para a nossa saúde, vitalidade e bem-estar emocional.

O psoas é o músculo mais profundo que afeta nosso equilíbrio estrutural, a integridade muscular, flexibilidade, força, amplitude de movimento, mobilidade articular e funcionamento dos órgãos.
Crescendo para fora de ambos os lados da coluna vertebral, o psoas se estende lateralmente a partir das vértebras torácicas  para cada uma das vértebras lombares. A partir daí, flui para baixo através do núcleo abdominal, a pelve, para fixar a parte superior do fêmur, na coxa.

O psoas é único “músculo” que se conecta às pernas. Ele é responsável por nos manter em pé, e nos permite levantar as pernas para andar. Um psoas saudável, estabiliza a coluna vertebral e fornece suporte através do tronco, formando uma prateleira para os órgãos abdominais vitais.

O psoas está ligado ao diafragma por meio do tecido conjuntivo ou fáscia que afeta tanto a nossa respiração quanto o reflexo do medo. Isto é porque o psoas está diretamente relacionado ao cérebro reptiliano, a parte mais primitiva e interior do tronco cerebral e da medula espinhal. Como Koch escreve “muito antes da palavra falada ou da capacidade de organização desenvolvida do córtex, o cérebro reptiliano, conhecido por seu instinto de sobrevivência, mantém nosso funcionamento central essencial “.

Koch acredita que o nosso estilo de vida rápido e moderno (que gira em torno da adrenalina de nosso sistema nervoso simpático) cronicamente dispara e tensiona o psoas – tornando-o literalmente pronto para fugir ou lutar. O psoas te ajuda a entrar em ação – ou a encolher-se em uma bolha de proteção.

Se constantemente contrairmos o psoas devido ao estresse ou tensão, o músculo eventualmente começa a encurtar levando a uma série de condições dolorosas, incluindo dor lombar, dor sacroilíaca, ciática, problemas de disco, espondilose, escoliose, degeneração do quadril, dor no joelho, dores menstruais, infertilidade e problemas digestivos.

Um psoas tenso não só cria problemas estruturais; ele contrai os órgãos, coloca pressão sobre os nervos, interferindo no movimento de fluidos, e prejudica a respiração (pela sua ligação ao diafrágma).

De fato, “O psoas é tão intimamente envolvido em tais reações físicas e emocionais básicas, que um psoas cronicamente apertado envia continuadamente sinais ao seu corpo de que você está em perigo, eventualmente exaurindo as glândulas supra-renais e esgotando o sistema imunológico.”

E de acordo com Koch, esta situação é agravada por muitas coisas em nosso moderno estilo de vida; de assentos de carro a roupas apertadas; de cadeiras a sapatos que distorcem nossa postura, restringem nossos movimentos naturais e ainda contraem nossos psoas.

Koch acredita que o primeiro passo para cultivar um psoas saudável é o de libertar a tensão desnecessária. Mas "trabalhar com o psoas não é tentar controlar o músculo, mas cultivar a consciência necessária para a detecção de suas mensagens. Isto implica fazer uma escolha consciente de se tornar somaticamente consciente."

Um psoas relaxado é a marca de uma vida e de uma expressão criativas. Em vez de um psoas contraído, pronto para correr ou lutar, o psoas relaxado e liberado está pronto para alongar e abrir, para dançar. Em muitas posturas de yoga (como da árvore) as coxas não podem girar totalmente para fora a menos que o psoas relaxe. Um psoas liberado permite que a parte frontal das coxas se alongue e que a perna se mova independentemente da pelve, melhorando e aprofundando a elevação de todo o tronco e do coração.

Koch acredita que cultivando uma psoas saudável, podemos reacender energias vitais do nosso corpo, aprendendo a nos reconectar com a força vital do universo. Dentro da tradição taoísta é dito que o psoas é o assento ou músculo da alma, e que ele circunda o “Dan Tien” inferior, um centro de energia principal do corpo. Um psoas flexível e forte permite que as energias sutis fluam através dos ossos, músculos e articulações.

Koch escreve “O psoas, conduzindo energia, nos fundamentos da terra, como um fio de aterramento evita choques e elimina estática em um rádio. Liberada e aterrada, a coluna pode despertar “…” Na medida em que o fluxo gravitacional transfere peso através dos ossos, tecidos e músculos, para a Terra, a Terra devolve, fluindo pernas e coluna acima, uma postura, um movimento e uma expressão energizante, coordenada e animada. É um diálogo ininterrupto entre o eu, a Terra, e o cosmos. ”

Então, pode valer a pena, da próxima vez que você praticar, sintonizar e prestar atenção ao que os bio-inteligentes psoas têm a dizer.



Juliana Romera

domingo, 23 de novembro de 2014

DESAPEGUE-SE

“Outra lembrança infantil evoca meu desejo de possuir um cachorro feio que pertencia a um vizinho. Mantive todos em casa num torvelinho, durante semanas, para obter aquele bicho. Meus ouvidos ficaram surdos às ofertas de outros animaizinhos de aparência mais agradável. Moralidade: O apego cega; empresta um halo imaginário de atração ao objeto desejado."

Esta frase é retirada do livro "Autobiografia de um Yogue" de Paramahansa Yogananda, quando este pede à seu mestre para lhe contar algo sobre sua infância.

E quem nunca passou por isso? Por essa cegueira devido ao apego à algo ou alguém?

Livrar-se do apego do que você tem é um pouco mais fácil.. dar uma roupa embora, vender um carro, deixar algum hábito ou qualquer outro apego que temos, basta você se decidir por isso e pronto (mesmo porque, quando você decide se "livrar" de algo, é porque este já não está mais te satisfazendo, o que torna esse "desapego" mais superficial ainda).

O difícil é desapegar-se do que não temos, do que queremos, do que colocamos expectativa de que, ao conquistar, seremos felizes, completos, etc. Isso sim é praticar o desapego, é se livrar dos desejos, parar de colocar a sua felicidade na mão dos outros ou das coisas ("Quando eu conseguir tal emprego, serei feliz.", "Quando eu namorar tale pessoa, estarei completo.", "Quando eu comprar tal coisa eu terei me realizado.", etc).

Esta transferência da sua responsabilidade de ser feliz com o que temos e com o que somos não deve acontecer. Pois desse modo, nunca seremos felizes, pois sempre estaremos querendo mais e mais e mais.!

Esteja no presente! É aqui que as coisas acontecem!




Juliana Romera
www.yoganoabc.com


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Chakras - Conheça os 7 principais

A palavra em sânscrito Chakra significa "roda de energia", e são centros que representam diferentes aspectos da natureza sutil do ser humano.

Existem sete principais, localizados ao longo da nossa coluna vertebral. 

Chakra Muladhara (Básico)
   Cor: vermelho
   A sua função é a sobrevivência, que inclui a própria segurança e as necessidades físicas básicas, tais como comer, beber e dormir, além do sexo e do abrigo. Quando está em desequilíbrio, pode gerar insegurança, falta de "gana", atitudes mais violentas, ganância ou fúria. A pessoa ainda apresenta uma demasiada preocupação com a própria sobrevivência, tensão, o "viver para ter".

Chakra Svadhistana (Sacro)
   Cor: laranja
   Tem ligação com a criatividade e a vitalidade. As funções principais do Svadhistana são sexualidade, vitalidade e criatividade. Ele corresponde à nossa autoestima, à energia sexual e à expressão do "eu" através da sexualidade e/ou criatividade. É no centro energético do bem-estar físico, do prazer e da realização que se percebem as mágoas, sentimentos de culpa e medo (pecado). Em desequilíbrio pode gerar dificuldades sexuais, ausência de objetivos, sentimento de impotência, confusão, ciúme, inveja ou desejo de possuir. Impacta diretamente no desejo e na vontade de viver, alcançar outros patamares, enfrentar desafios e viver o presente.

Chakra Manipura (Plexo solar)
   Cor: amarelo
   A "morada do EU". É onde "mora" o ego de cada um, representa a força do indivíduo. Sua funções primordiais são o poder e a vontade. Também mostra como está nossa digestão (de situações), nossos humores e controle. Quando o Manipura está com excesso energético pode gerar egoísmo, egocentrismo, fúria, medo, ódio e dificuldade em assimilar/digerir. E quando está com baixa energia, a pessoa fica apática, sem força de vontade e insatisfeita.
Chakra Anahata (Cardíaco)
   Cor: verde e rosa
   Simboliza o centro das emoções. Esse chakra é o centro do amor e sabedoria nas relações emocionais. Gera estabilidade e confiança, além de trabalhar as manifestações reprimidas e as feridas emocionais. Quando o Anahata se mostra em desequilíbrio, pode gerar repressão do amor, instabilidade emocional, sensação de opressão e/ou peso no peito.

Chakra Vishudda (Laríngeo)
   Cor: azul claro
   A função principal desse chakra é o se expressar. Por isso, a autoexpressão e a comunicação são as palavras-chaves dele. Ajuda a relacionar e exteriorizar o que sentimos e o que pensamos. Percebemos que o Vishudda está em desequilíbrio quando apresentamos problemas na comunicação - geralmente a falta dela - o uso insensato do conhecimento e a falta de discernimento. Nesse caso, a pessoa pode falar demais ou dizer bobagens por querer esconder o que sente. Num outro extremo, pode tender a falar pouco e "engolir sapos".

Chakra Ajna (Frontal)
   Cor: azul índigo
   Representa a mente e a intuição. A função dupla desse chakra faz com que ele seja um dos mais difíceis de manter o equilíbrio, pois o excesso de uma característica leva à falta da outra. Em desequilíbrio, pode desencadear falta de concentração, medo, cinismo, tensão, pesadelos, e excesso ou falta de sono. Também é recorrente ter um acúmulo de pensamentos.

Chakra Sahasrara (Coronário)
   Cor: lilás e dourado
   Representa nossa ligação com o Alto, a Energia Superior, o Universo. A sua função principal é evoluir, ascender e se aprimorar como ser humano. Percebemos o Sahasrara em desequilíbrio quando apresentamos falta de inspiração, confusão, tristeza relacionada à falta de esperança, alienação ou hesitação em servir ao bem comum.